segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Me contradizendo


Ela levantou a mão bem alto, como se não tivesse vergonha disso... E deveria ter?




-Menina, você não tem vergonha...




- Ah! Fessora, faz parte né?! Nós somos seres que estamos sempre mudando. Você nunca mudou de opinião?

Imagem tirada do Google

O fato, é que aquela menina havia mudado de opinião. Que crime tem isso?! Você já disse arroz e depois achou que era feijão? Eu já, vivo me surpreendendo comigo mesma... e por isso, eu sou a bola da vez, vim aqui para me contradizer... porque até eu mesma devo ser contrariada... de vez em quando. Sabe aquelas criancinhas "chatas" que batem o pé quando querem uma coisa, eu sou meio assim, um pouquinho teimosa. Se eu tenho uma opinião, sim, vou defendê-la, justo assim, não poderia ser diferente, poderia? Mas tenho que reconhecer, nem sempre estou certa.





*coçando a cabeça*





Bem, por onde começo, pelo pé, pela mão ou pela cabeça... Acho que vou direto ao assunto, para não cansar vocês, meus leitores... os quais estimo muito a opinião e a presença.





Há um tempo atrás eu falei muito convicta dessa "Era emo" e agora numa versão colorida... Porque me enlouquece o fanatismo, a copia de identidade e as vezes a perda dela, nesse caso poderia falar de tantos outros (por ex Rebeldes). Eu ainda penso assim, acho bobeira todo mundo se vestir igual, falar do mesmo jeito e fazer as mesmas coisas... só porque uma pessoa que não é mais do que eu, nem você, faz... Sabe? E acho falso também esse negócio de "EU AMO VOCÊS s2"... "Vocês são nossa família", poxa! Ele nem te conhece, não se iluda. Mas reconheço que isso vai de cada um e que também trata-se de uma questão de afinidade e identificação. Só peço para que essa geração não faça nada só porque os outros fazem, mas não posso apontar o dedo de maneira nenhuma, por nenhuma razão e sei que existem pessoas que fazem isso porque se sentem bem e parte da sociedade... mas sentir-se bem não é a única questão que faz parte da "peneira ", só desejo pro mundo um pouco mais de racionalidade sem deixar a emoção, nunca... pois os dois são necessários, como "a donzela e o cavaleiro" (segundo o Linc) como o "volante e a gasolina" (segundo o Chonny).



Mas onde está a contradição cara escritora? É o que vocês me perguntam e lá vai ela... Acho que fui errada quando critiquei a "era emo", não pelas razões colocadas a cima, muito pelo contrário... Eu só coloquei a mão na consciência e percebi o quanto preconceituosos estamos nos tornando... Sim! Eu percebi isso ao ouvir uma música do grupo Restart e ter pensando: Poxa! Mas eu acho algumas letras lindinhas e se não fosse deles... eu escutaria. Por quê isso? Porque até nisso seguimos uma onda, somos do lado A ou do lado C... é raro sermos o B, que seria um equilíbrio... e outra, zelamos por uma tal "reputação" e nesse caso discordo que quem ouve música de emo é gay, quem escuta reggae seja maconheiro e outros estereótipos que colocamos na nossa cabeça... E pode ser que tenha parecido que me contradiz de novo, falando do preconceito e me referindo a homossexualidade. Na verdade, quero deixar claro que... não sou a favor dessas escolhas, mas cabe a cada um decidir o que quer para si.



Mas foi pensando nisso, que fui auto crítica comigo mesma... Achei que muitas vezes gastamos mais energia expressando uma opinião contra um grupo musical, uma opção ou uma pessoa em particular, do que se preocupando com o que realmente é urgentíssimo na pauta... Como a educação do nosso país, que vai de mal a pior, como a desigualdade social que é uma das maiores realidades na nossa sociedade, como a falta de pudor cada vez mais presente em meninhas de 15 anos ou menos, perda de valores morais, acho extremamente triste perceber que as pessoas não se valorizam mais, que não sabem preservar a própria intimidade, a violência, que tem se tornado tão banal, natural que quando alguém é assaltado é capaz de outro dizer: "É normal, isso acontece mesmo nesse bairro" ou "Isso acontece mesmo em São Paulo", "São Paulo é assim mesmo, imagina se fosse no Rio então"... Chega! É com isso que eu quero gastar minhas energias, é verdade, sou apenas uma pessoa sozinha, mas eu ouvi uma música certa vez e vivo cantarolando ela pra mim: "Mude o mundo, mudando primeiro a você"♪, e por aí que eu quero começar...Começando em mim... Por isso estou arregaçando as mangas e colocando a mão na faca... quer dizer, na obra...^^ É isso! Uma conversa parte de duas pessoas ou mais, eu falei...agora é a vez de vocês.





Retificação: Como sei que vocês são pessoas super espertas, vão perceber que eu usei frases como *Vivo me surpreendendo comigo mesma (Comigo mesma?!)

*Auto-crítica comigo mesma (nossa! Nessa arrebentei a boca do balão)

* Sou apenas uma pessoa sozinha.



Bem, acho que vocês entenderam...Isso é chamado de REDUNDÂNCIA, ora por costume de linguagem, mas também serve para enfatizar uma ideia, talvez tenha sido desnecessário, mas resolvi deixar como está.

Obrigada!

5 comentários:

  1. Oi Ná, gostei do seu post, acho também que muitas vezes as pessoas discutem coisas banais e esquecem do que realmente importa. Mudar de opinião é uma das coisas mais inteligentes que a pessoa pode fazer, pois se perceber errado e admitir isso é não ter pacto com o erro e evoluir, por isso não sou muito fã de quem fica fazendo média para não estar errado nunca, sou meio do jeito que você disse que é, se tenho uma opinião defendo-a, mas faço isso por que acho que é muito cômodo dizer sim para tudo e parecer uma pessoa legal, uma frase fantástica do TM que se encontra em seu blog é, não acomodar com o que incomoda, e acho que isso serve para nós mesmos, é necessário que façamos auto critica e mudemos quando necessário nosso modo de pensar e até mesmo de agir.

    belo post

    bjão

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  2. Gostei^^...conversamos esses dias sobres essas musica emos, e acredito que estou igual vc mudei de opinião, estou deixando de ser "ignorante" para perceber que pq são emos que a musica não pode ser boa.

    Sim...infelizmente os nossos adolecentes e ate mesmo nos jovens estamos vivendo nesse mundo que esta muito banal sim, vivemos de qualquer forma..Onde ja se viu um cara quebrar uma lampada fluorecente no rosto de outro jovem pq ele tem uma opção sexual diferente? podemos não aceitar mas respeitar é obrigação...Comentario confuso rsrs

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  3. Oi Ná, estou visitando o Do contra pela primeira vez...hauahauahaua
    E gostei viu.
    O mal do ser humano é esse em sempre falar mal das pessoas, dos grupos e tudo mais. O mundo depende de como você mesmo afirma "Mude o mundo, começando com você" e "Começando em mim, arregaçando a manga".
    Temos que colocar os pés no chão e mudando de opinião, o mal mesmo é como vai ser o futuro com pessoas que tem pensamentos futeis como esse de não gostar de um grupo ou de uma musica..


    Beeijos *-*
    Tigosto s2

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  4. Góis: Concordo com você...em tudo.

    Bryan: rsrs..Eu entendi o que vc quis dizer, isso é o que importa.

    Vivis: Não digo de não gostar disso ou daquilo..Eu não gosto de pagode, do mesmo jeito que não gosto de azeitona...É preconceito? Não! É preferência...ai é que está a diferença.

    Obrigada pela visita de vocês!

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  5. Eu acho que essa era "EMO" são as respostas dos adolescentes. A sociedade precisa dessa emoção, desse afeto, dessa "melosidade"... rs.

    Acredito que não existem verdades absolutas. Portanto mudar de opinião ao nos depararmos com verdades diferentes das nossas é inevitável!... Mudamos, saimos do nosso círculo, do nosso mundinho... e como já disse no texto. Isso é bom, muito bom...

    Mudar é evoluir. Afinal, só não muda quem já morrei não é mesmo??!

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