sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ESpírito de Contradição


Sou uma máquina de escrever ambulante. Às vezes dá defeito, não escrevo. Às vezes dá defeito, disparo a escrever.


“Eu disse sim =)
Você disse não =
Eu disse pé,
Você disse mão.
Eu disse biscoito,
Você disse pão.
Eu disse José,
Você disse João.
Espírito! Oh! Oh!
De contradição...”♪ (Fortuna)

Somos pessoas diferentes, de opiniões, gestos e manias particulares. E ser diferente é legal. No entanto, algumas pessoas por medo, e na busca de se integrar na sociedade, mente tão sinceramente ser o que não é, fazer o que não quer, pensar o que não pensa, por sua necessidade de aceitação, essa crise costuma atacar os mais novos. Quando se cresce, percebe, que é besteira e que tudo que se vive com mentira, se torna mentira também. Ser diferente é demais quando não se imita os outros em atos de “porcalhisses” como: “Todo mundo joga lixo no chão”, “Ah! O que tem!? É só mais um papelzinho”, do contrário você se pergunta: “Nossa! As pessoas não tem mais educação?”, “O lixo elas jogam no chão, a educação guardam no bolso” . Mas eu confesso tão sinceramente que queria que nisso fossemos iguais, que não houvesse lixo na rua, mas isso é problema de base. “A chuva está caindo e não tem por onde fugir, as pessoas sabem, mas continuam a poluir”.
Ser diferente é legal, quando você aprende a respeitar cada um com sua diferença, aquilo que você não é. E quando entende que as diferenças não são para afastar, mas complementos como dentro de um formigueiro, cada um com uma função, mas todos juntos, um propósito para cada vida, mas com fim bom para todos. É sonho da minha parte, é verdade, é utopia, mas “sonhar não custa nada mais que o tempo” como diz uma música da banda Kid Abelha, e eu ainda tenho um tempo reservado pra gastar sonhando...
Quando eu fiz esse blog com nome esquisito (ainda), eu não quis impor minha opinião, eu quis reunir pessoas nesse espaço que tem personalidade, que não aceitam tudo que vê o que está estampado na nossa cara, fiz ele para vocês. Acho que o mundo tem perdido um pouco seu senso crítico, da autonomia pra decidir o que de fato é bom, às vezes até acho que alguns estão perdendo o extinto de sobrevivência. Eu sei que a vida é difícil, que é complicado, que eu não conheço a história de cada um... e eu não posso julgar ninguém pelas escolhas e decisões, mas eu não entendo as vezes, como as pessoas se acomodam a esse tipo de situação que estamos vivendo atualmente no nosso país, como conseguem permanecer em lugar de risco, ver pessoas que amam morrendo e ver a própria vida correndo risco. Sei da dificuldade de arrumar outro lugar, mas quando eu olho do lado de cá, penso que eu não seria assim, que faria de tudo pra conseguir sair deste lugar, para dar um bom lugar pros meus filhos, não sei se vivendo lá seria diferente. É que o problema dessas pessoas, é que elas estão desaprendendo a acreditar....acreditar na vida, acreditar em soluções e acreditar em si mesmos... E elas precisam voltar a acreditar, e quem pode ajudar é apenas quem acredita, pessoas como eu, pessoas como você, pessoas que fazem projetos, que participam, que incentivam essas pessoas a acreditarem que elas são pessoas, que é um alguém que pode ser o que deseja ser se lutar por isso....
E pra terminar, uma músiquinha divertidinha: ^^


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Me contradizendo


Ela levantou a mão bem alto, como se não tivesse vergonha disso... E deveria ter?




-Menina, você não tem vergonha...




- Ah! Fessora, faz parte né?! Nós somos seres que estamos sempre mudando. Você nunca mudou de opinião?

Imagem tirada do Google

O fato, é que aquela menina havia mudado de opinião. Que crime tem isso?! Você já disse arroz e depois achou que era feijão? Eu já, vivo me surpreendendo comigo mesma... e por isso, eu sou a bola da vez, vim aqui para me contradizer... porque até eu mesma devo ser contrariada... de vez em quando. Sabe aquelas criancinhas "chatas" que batem o pé quando querem uma coisa, eu sou meio assim, um pouquinho teimosa. Se eu tenho uma opinião, sim, vou defendê-la, justo assim, não poderia ser diferente, poderia? Mas tenho que reconhecer, nem sempre estou certa.





*coçando a cabeça*





Bem, por onde começo, pelo pé, pela mão ou pela cabeça... Acho que vou direto ao assunto, para não cansar vocês, meus leitores... os quais estimo muito a opinião e a presença.





Há um tempo atrás eu falei muito convicta dessa "Era emo" e agora numa versão colorida... Porque me enlouquece o fanatismo, a copia de identidade e as vezes a perda dela, nesse caso poderia falar de tantos outros (por ex Rebeldes). Eu ainda penso assim, acho bobeira todo mundo se vestir igual, falar do mesmo jeito e fazer as mesmas coisas... só porque uma pessoa que não é mais do que eu, nem você, faz... Sabe? E acho falso também esse negócio de "EU AMO VOCÊS s2"... "Vocês são nossa família", poxa! Ele nem te conhece, não se iluda. Mas reconheço que isso vai de cada um e que também trata-se de uma questão de afinidade e identificação. Só peço para que essa geração não faça nada só porque os outros fazem, mas não posso apontar o dedo de maneira nenhuma, por nenhuma razão e sei que existem pessoas que fazem isso porque se sentem bem e parte da sociedade... mas sentir-se bem não é a única questão que faz parte da "peneira ", só desejo pro mundo um pouco mais de racionalidade sem deixar a emoção, nunca... pois os dois são necessários, como "a donzela e o cavaleiro" (segundo o Linc) como o "volante e a gasolina" (segundo o Chonny).



Mas onde está a contradição cara escritora? É o que vocês me perguntam e lá vai ela... Acho que fui errada quando critiquei a "era emo", não pelas razões colocadas a cima, muito pelo contrário... Eu só coloquei a mão na consciência e percebi o quanto preconceituosos estamos nos tornando... Sim! Eu percebi isso ao ouvir uma música do grupo Restart e ter pensando: Poxa! Mas eu acho algumas letras lindinhas e se não fosse deles... eu escutaria. Por quê isso? Porque até nisso seguimos uma onda, somos do lado A ou do lado C... é raro sermos o B, que seria um equilíbrio... e outra, zelamos por uma tal "reputação" e nesse caso discordo que quem ouve música de emo é gay, quem escuta reggae seja maconheiro e outros estereótipos que colocamos na nossa cabeça... E pode ser que tenha parecido que me contradiz de novo, falando do preconceito e me referindo a homossexualidade. Na verdade, quero deixar claro que... não sou a favor dessas escolhas, mas cabe a cada um decidir o que quer para si.



Mas foi pensando nisso, que fui auto crítica comigo mesma... Achei que muitas vezes gastamos mais energia expressando uma opinião contra um grupo musical, uma opção ou uma pessoa em particular, do que se preocupando com o que realmente é urgentíssimo na pauta... Como a educação do nosso país, que vai de mal a pior, como a desigualdade social que é uma das maiores realidades na nossa sociedade, como a falta de pudor cada vez mais presente em meninhas de 15 anos ou menos, perda de valores morais, acho extremamente triste perceber que as pessoas não se valorizam mais, que não sabem preservar a própria intimidade, a violência, que tem se tornado tão banal, natural que quando alguém é assaltado é capaz de outro dizer: "É normal, isso acontece mesmo nesse bairro" ou "Isso acontece mesmo em São Paulo", "São Paulo é assim mesmo, imagina se fosse no Rio então"... Chega! É com isso que eu quero gastar minhas energias, é verdade, sou apenas uma pessoa sozinha, mas eu ouvi uma música certa vez e vivo cantarolando ela pra mim: "Mude o mundo, mudando primeiro a você"♪, e por aí que eu quero começar...Começando em mim... Por isso estou arregaçando as mangas e colocando a mão na faca... quer dizer, na obra...^^ É isso! Uma conversa parte de duas pessoas ou mais, eu falei...agora é a vez de vocês.





Retificação: Como sei que vocês são pessoas super espertas, vão perceber que eu usei frases como *Vivo me surpreendendo comigo mesma (Comigo mesma?!)

*Auto-crítica comigo mesma (nossa! Nessa arrebentei a boca do balão)

* Sou apenas uma pessoa sozinha.



Bem, acho que vocês entenderam...Isso é chamado de REDUNDÂNCIA, ora por costume de linguagem, mas também serve para enfatizar uma ideia, talvez tenha sido desnecessário, mas resolvi deixar como está.

Obrigada!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O início da contrariedade

Imagem tirada do google imagens

Aplausos!!! Aplausos no corredor... Foi isso que eu ouvi?! Um povo batendo palmas para o maior dos eventos..."A Internet", um espaço amplo, que nunca está totalmente cheio e que está sempre em movimento se adequando, se alargando pra dar um jeito de fazer tudo caber... É! Acho que é isso mesmo que estou ouvindo.... Mas....

Com o google até mesmo aquilo que chamamos de "conhecimento" fica colocado a prova. Afinal, o que realmente sabemos? Parte do nosso complemento, das nossas pesquisas são do google. Antigamente, quando eu ainda era pequena e não sabia de alguma coisa, eu perguntava para os meus pais (e esse costume ainda não perdi), e isso ajudou no respeito e admiração que tenho até hoje por eles, aprendi e construi. Então aprendi a ler e procurar nos livros e no dicionário, instrumentos que aos poucos tem se tornado arcaicos.

Não duvido da super utilidade e funcionamento adequado do google, não duvido também que o conhecimento nele adquirido não seja nosso também, como os dos livros, os dos meus pais e do dicionário que também se tornaram meus, a acessibilidade que a Internet trouxe e facilidade de alcance também é esplendoroso, fascinante! No entanto, coloco em dúvida para onde isso tudo está nos levando. O futuro é incerto, o sábio reconhece que a Deus pertence o amanhã, talvez se não houvesse Internet eu colocaria em questão os livros, talvez se minha mente maluca estivesse funcionando desse jeito, mas talvez não, vamos tentar não trabalhar com o incerto.

O certo é que eu não sei nada, será mesmo isso o certo? Penso as vezes que todo conhecimento que chamo de meu é colocado em prova a todo instante, sempre acho que aprendi com alguém, ou já li em algum lugar, afinal conhecimento não é mesmo para chamar de meu, mas de nosso...Conhecimento não é algo de propriedade exclusiva, mas deve sempre ser compartilhado...caso contrário, morre, murcha e de nada tem serventia.

Mas vejo uma sociedade tão acomodada que as vezes me dou o direito de ser "Do contra", pensar em tudo isso com um olhar crítico de quem vê as pessoas se tornando cada vez mais preguiçosas na arte de pensar, (poxa! E eu não estou isenta disso). Não tenho agilidade na hora de fazer contas, mal acostumada com a calculadora, as palavras procuradas no dicionário são digitadas e corrigidas automaticamente, o que estou me tornando? O copia e cola dos jovens, a pouca curiosidade e vontade de aprender, onde isso vai nos levar?

Ainda me vem o comercial e diz que a Internet é boa para os seus filhos porque ela tem: jogos, músicas para baixar, gente pra conversar e informação para ajudar nos estudos dos seus filhos. Ah tá! Claro! Depois de tudo isso que dá para fazer estudar vai sim ser a primeira coisa que seus filhos vão querer fazer. Não! Não vão! Não vão porque não foram educados para isso... São educados para primeiro fazer o que dá prazer a eles, está no sangue, na carne, nos impulsos que não foram controlados, e talvez não tenha sido diferente com você. Me perdoem os que sabem aproveitar bem dessa acessibilidade recebam os congratuletions.

Mas sinto que mais da metade das pessoas não sabem. E então vejo crianças vidradas em joguinhos ao ponto de não saberem mais o que é brincar de pic esconde, ou pega-pega ou qualquer outra brincadeira que o ajude a imaginar e interagir com as pessoas. Iniciando cedo em redes sociais como orkut, face book, twitter, msn, sala de bate papo e colocando cada vez mais suas vidas em risco confiando em gente sem cara, sem rosto, sem identidade verdadeira, crianças ao mesmo tempo que ingénuas, sabida demais para coisas que nem deveria se quer passar em suas cabeças. E então fico esgotada e pergunto a mim mesma se não tenho razões para ficar preocupada...

Não estou aqui contrariando a Internet, o google, seu funcionamento e suas vantagens...Estou contrariando o que estamos fazendo com elas... E temendo porque apesar de boa, a Internet tem se tornado uma "ilha", onde você pode estar sozinho, sem parecer estar, ou no alto de uma montanha como o cara do comercial da NET. Onde tudo que você precisa, parece estar disponível aqui. Mas apesar do seu grandioso espaço, tem muitas coisas que não couberam aqui, coisas importantes demais para serem guardadas em lugares tão fechados, mas que somente você pode me dizer quais são elas. Eu sei as minhas coisas importantes que não estão na Internet, até posso compartilhar que o CALOR DE UM ABRAÇO não cabe aqui dentro e que é para mim algo muito necessário. Pense! Repense! E contrarie sempre que possível, porque esse também é um traço importante e não se esqueçam, por favor, não se esqueçam dessas coisas que dão mais brilho e cor para as nossas vidas.


Agradecimentos: Ao Maúricio de Souza pelas suas histórias tão bem boladas, bem trabalhadas que não apenas distraí, mas permite que as pessoas pensem e que cresçam. A minha prima Sofia que emprestou seu último gibi para que eu lesse. A insónia que me permitiu ter essa ideia maluca... Ao inventor da internet que me permitiu estar aqui hoje questionando o uso da própria. Enfim a todas as pessoas que eu amo e quero bem...^^
TRECHOS DE UMA MATÉRIA NO ESTADÃO SOBRE:
O MOVIMENTO EM PROL DE BRINCAR



"Meninos e meninas estão cada vez mais confinados em condomínios, onde estão supostamente protegidos. Mas acabam sofrendo outro tipo de violência, pois se relacionam sozinhos com a tecnologia", afirma a psicóloga Lais Fontenelle, do Instituto Alana.

Televisão, internet e videogame passaram a ser tranquilizantes, diz Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Distrações que não requerem montagem, bagunça ou sujeira. "Os pais estão perdendo a riquíssima oportunidade de passar tempo com seus filhos. Nem sequer sabem como brincar de massinha. Sentem-se bobos e desajeitados", diz.




http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110116/not_imp666832,0.php